Muitas coisas no mundo já completaram 200 anos, mas poucas são tão significativas quanto a celebração da independência de um país. Em 2022, além do bicentenário da Independência brasileira, também é comemorada a criação da Esquadra, em 10 de novembro de 1822. Pela importância dessas datas, uma série de atividades cívico-militares, culturais, esportivas e sociais será realizada no período de 1º a 10 de setembro. Os eventos organizados pela Marinha do Brasil (MB) ocorrerão em todo o País, com destaque para a Cerimônia de Substituição da Bandeira Nacional, o desfile cívico-militar, em Brasília (DF), e a Parada Naval, na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
As comemorações se iniciaram no ano passado e têm o término previsto para 2023. Em fevereiro deste ano foi realizado o evento “Velas Latinoamerica 2022”, que contou com a participação de navios veleiros de sete países das Américas e levou um público de aproximadamente 10 mil visitantes à zona portuária do Rio de Janeiro. Ao final deste ano, terão sido realizados em todo o País cerca de 100 eventos comemorativos, incluindo os alusivos aos 200 anos da Esquadra brasileira.
Substituição da Bandeira Nacional e Exposição da Independência
Conhecida popularmente como Bandeirão, a Cerimônia de Substituição da Bandeira Nacional ocorrerá no dia 4 de setembro (domingo) na Praça dos Três Poderes (DF), a partir das 10h, com a presença do público. O evento é gratuito e realizado, mensalmente, de forma intercalada entre a Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro, a Força Aérea Brasileira e a Casa Militar do Distrito Federal.
O Pavilhão Nacional da praça é o maior do País, com 14 metros de largura e 20 de comprimento, totalizando 280 m2. Durante a celebração, a nova bandeira é hasteada ao som do Hino Nacional, com uma salva de 21 tiros de canhão. Depois de chegar ao topo do mastro de 110 metros de altura, a antiga bandeira é arriada ao som do Hino à Bandeira. Nesse ano, no encerramento da cerimônia, a Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Navais realizará uma apresentação com evoluções que formam figuras enquanto executa canções militares e populares.
Dando continuidade às comemorações, entre 2 e 4 de setembro, o Estacionamento do Parque Ana Lídia, em Brasília (DF), será palco da Exposição da Independência, coordenada pela Marinha do Brasil. Os visitantes poderão participar de diversas atividades e conhecer os meios operativos das Forças Singulares, além do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF), da Polícia Civil, do Departamento de Trânsito do Distrito Federal, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência do Distrito Naval, da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Federal e da Força Nacional. A abertura e o encerramento terão apresentação da Banda de Música do Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília, da Marinha, cujo repertório inclui canções militares e eruditas, além de hits nacionais e internacionais. Haverá, ainda, apresentações da Banda de Música do CBMDF, na tarde do primeiro dia, e da Força Aérea Brasileira, na manhã do segundo dia.
O público do Rio de Janeiro terá oportunidade de visitar o Capitânia da Esquadra Brasileira, o Navio Aeródromo Multipropósito “Atlântico”, e o Navio-Veleiro “Cisne Branco”, nos dias 3 e 4 de setembro. No dia 8 de setembro será a vez de conhecer de perto as Fragata “Rademaker” e Corveta “Júlio de Noronha”, assim como o Navio-Escola “Sagres” da Marinha Portuguesa. A visitação pública é gratuita e o público interessado poderá realizar a inscrição antecipada a partir do dia 1º de setembro.
Desfiles cívico-militares, Parada e Revista Naval
Até a publicação desta matéria, os tradicionais desfiles militares de 7 de setembro foram confirmados nos Estados de Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no Distrito Federal.
No mesmo dia 7, na capital carioca, haverá a já tradicional Parada Naval e Aeronaval, na qual três aeronaves e 20 navios da Marinha do Brasil e de outros países convidados para as comemorações do Bicentenário da Independência percorrerão a orla, a partir das 9h30, com início na praia do Recreio e término no Forte de Copacabana.
Os navios da Marinha que participarão da Parada Naval são: Navio-Veleiro “Cisne Branco”; Navio-Aeródromo Multipropósito “Atlântico”, Navio-Doca Multipropósito “Bahia”; Fragata “Liberal”; Navio-Patrulha Oceânico “Amazonas”; Navio Hidroceanográfico “Cruzeiro do Sul”; Navio Oceanográfico “Antares”; Submarino “Riachuelo”; Navio-Patrulha “Maracanã” e o Aviso de Pesquisa Hidroceanográfico “Aspirante Moura”.
Ao término do evento, os navios brasileiros fundearão em frente às praias de Copacabana e Flamengo onde o público poderá ver mais de perto os navios. A Parada Naval ocorre na orla do Rio de Janeiro desde o início dos anos 2000, com destaque para os desfiles em comemoração ao Bicentenário de Nascimento do Almirante Tamandaré, em 2007; aos 200 anos da Abertura dos Portos, em 2008; e aos 150 anos da Batalha do Riachuelo, em 2015. Ainda no dia 7, ocorrerá uma apresentação da Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Navais na praia de Copacabana.
No dia 10 de setembro, assim como ocorrido em 1922 (leia a matéria sobre o Centenário da Independência), uma Revista Naval será realizada na Baía de Guanabara com a participação de navios da Esquadra brasileira e das Marinhas de países amigos.
Comemoração dos 200 anos da Esquadra brasileira
Como parte das comemorações do Bicentenário da Independência, em novembro, a Marinha do Brasil também comemorará os 200 anos da Esquadra. Criada para combater as forças navais portuguesas que se opunham à independência do Brasil, em 1822, nascia a Esquadra brasileira. O então Capitão de Mar e Guerra Luís da Cunha Moreira, Visconde de Cabo Frio, foi nomeado o primeiro brasileiro nato para a cadeira de Ministro da Marinha do Brasil Independente. Em 10 de novembro do mesmo ano, o pavilhão nacional foi içado pela primeira vez em um navio de guerra brasileiro, a Nau “Martim de Freitas”, posteriormente rebatizada de Nau “Pedro I”, o primeiro navio Capitânia da Esquadra.
Atualmente, a Esquadra brasileira mantém-se pronta para desempenhar o papel constitucional da Marinha do Brasil: preparar e empregar o Poder Naval, a fim de contribuir para a defesa da Pátria, salvaguardando a integridade do território e das Águas Jurisdicionais que, acrescidas da extensão já reivindicada à Organização das Nações Unidas, constituem a estratégica Amazônia Azul, o patrimônio brasileiro no mar.
O Centro de Comunicação Social da Marinha fará a divulgação dos eventos citados nesta reportagem por meio das mídias sociais da MB (Facebook, Instagram e Twitter) e da Agência Marinha de Notícias.
As informações são da Agência Marinha de Notícias.
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