As exportações catarinenses nos primeiros sete meses de 2022 alcançaram U$ 7 bilhões e foram 25% maiores do que no mesmo período de 2021. Parte desse aumento se explica pelo incremento de vendas de itens com mais intensidade tecnológica, incluindo produtos de defesa. O reconhecimento internacional da qualidade de produtos catarinenses de maior valor agregado permitiu a ampliação das vendas para países desenvolvidos, como os Estados Unidos e nações europeias. A análise é do Observatório FIESC, com base em dados da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, do Ministério da Economia.
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“Produtos inovadores e intensivos em tecnologia geram mais riqueza e agregam valor, daí a importância dos investimentos industriais nessa área”, explica o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar. “O nosso propósito de elevar a participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) passa exatamente por essa linha, que conduz a produtos com inteligência agregada”, acrescenta.
Conforme o estudo da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), o preço médio por tonelada dos produtos mais intensos em tecnologia cresceu 30,3% em 2022 em relação a 2021, passando de 3,09 mil dólares para 4,02 mil dólares. Enquanto isso, os produtos catarinenses de média intensidade tecnológica tiveram elevação de preços na faixa de 8% e os de baixa sofisticação, aumentaram em média 5%.
Uma situação típica da venda de produtos industriais de maior valor agregado foi o aumento de vendas de, por exemplo, motores elétricos e partes de motores para os Estados Unidos, que são o principal destino das exportações catarinenses. O mesmo movimento é observado nas vendas para países da Europa, como a Alemanha, Itália, Bélgica e França.
Balança Comercial
Os US$ 7,0 bilhões exportados por Santa Catarina em 2022 equivalem a 3,6% do total exportado pelo país no ano. Em relação às importações, o estado registrou no mesmo período o montante de US$ 15,9 bilhões, representando 10,3% das compras brasileiras internacionais. O saldo da balança comercial catarinense aponta déficit de US$ 8,9 bilhões no ano, frente ao superávit de US$ 39,9 bilhões do país.
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