Atualmente, o transporte de cargas é dependente do modal rodoviário. A frota de veículos no Brasil chegou em 2020 a 107,2 milhões de veículos. Já o tipo de transporte portuário movimentou 1,2 bilhão de toneladas de cargas diversas em 2021 – o que representa crescimento de 4,8% em relação a 2020.
Embora normalmente demore mais tempo para que a carga chegue, com o transporte portuário, o custo do frete e dos produtos transportados por longas distâncias é barateado, conforme aponta estudo do Observatório Nacional de Transporte e Logística (ONTL).
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O estudo mostrou que, para movimentar aproximadamente 38 mil TEUs (unidade de medida), ao longo de um determinado período, entre os portos de Suape (PE) e Santos (SP), são necessários 14 navios com um custo estimado em R$ 88 milhões. Por rodovia, o mesmo volume de carga demandaria 20 mil caminhões e custaria 400% a mais.
Também é uma oportunidade para embarcadores de pequenos volumes usufruir da cabotagem via embarque fracionado (compartilhamento de espaço com outros embarcadores)
Os benefícios do modal vão de equipamentos (Container) viabilizam embarques dos mais diversos tipo de mercadoria, pacote de serviço “porta-a-porta” que contempla toda a infraestrutura necessária (coleta, estufagem/desova, entrega) similar ao modelo rodoviário até uma cobertura de atendimento nas principais rotas Sul-Sudeste para Nordeste-Norte”, explica o diretor executivo da Costa Brasil, Marcio Salmi.
Outros benefícios do transporte portuário são:
- menor custo do frete
- menor índice de avarias e roubos
- redução valor do seguro
- transporte em lotes
- redução emissão CO2
- Tempo livre de armazenagem
Impactos ambientais
Um relatório publicado pela Agência Europeia de Segurança Marítima revela que os navios produzem 13,5 % de todas as emissões de gases com efeito de estufa dos transportes, um valor inferior ao das emissões dos transportes rodoviários (71 %) e da aviação (14,4 %).
Já as emissões de dióxido de enxofre (SO2) dos navios que fazem escala nos portos atingiram cerca de 1,63 milhões de toneladas até o último levantamento, em 2019, um valor que irá diminuir ainda mais nas próximas décadas, graças a regras e medidas ambientais mais rigorosas.
Diferentemente do transporte rodoviário, a cabotagem diminui, cada vez mais, o impacto ambiental: o meio é o que menos produz gás carbônico à atmosfera.
De acordo com o Ministério da Infraestrutura, a navegação por cabotagem cresceu 5,6% em 2021 na comparação com o ano anterior.
“Essa nova lei estimula ampliação de rotas e aumento de frequência (saídas semanais), impulsionando maior fluxo de conversão de carga para o modal. Com isso, provavelmente terá uma redução no frete por causa da maior capacidade”, diz Marcio Salmi.
A expectativa, agora, é para ver como o modal se comporta em 2022, primeiro ano em vigor da lei que estimula a navegação entre portos brasileiros.
Fonte: Defesa em Foco
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