Durante audiência da CREDN (Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional), da Câmara de Deputados, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, e os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica defenderam o aporte de mais recursos para as Forças Armadas. O General Aderico Mattioli, presidente executivo da ABIMDE (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança) participou do encontro, que foi realizado na quarta-feira (6).
Além do ministro, os Comandantes da Marinha, Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, do Exército, General de Exército Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, compareceram à reunião em atendimento a requerimentos de autoria dos deputados Pedro Vilela (PSDB-AL), presidente do Colegiado, e Perpétua Almeida (PCdoB-AC). Eles falaram à Comissão por mais de seis horas e responderam aos questionamentos de 26 deputados.
De acordo com Paulo Sérgio, “a Defesa trabalha uma proposta, que em breve chegará ao Congresso, para retirar do teto de gastos os investimentos feitos nos Projetos Estratégicos”, revelou. Ele também pediu o apoio dos deputados para a aprovação da PEC 17, de autoria do deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), que impede o contingenciamento de recursos destinados à atualização e capacitação tecnológica das Forças Armadas.
Investimentos
Os militares foram unânimes ao afirmarem que se o Brasil não aumentar para 2% do seu PIB (Produto Interno Bruto) os investimentos em Defesa, “o país será engolido pelo avanço tecnológico”. Atualmente, o Brasil destina cerca de 1,3% do PIB para a área de Defesa e é apenas o 6º na América Latina em investimentos no setor.
“Vamos trabalhar, na CREDN, para que o orçamento das Forças Armadas tenha previsibilidade. É fundamental que os recursos alocados cheguem aos projetos e programas para, em breve, alcançarmos um mínimo de 2% do PIB, que é o valor destinado pelas grandes potências às suas Forças Armadas”, afirmou Pedro Vilela. Segundo ele, “um país das dimensões continentais do Brasil, não pode negligenciar as suas Forças Armadas, responsáveis, em grande medida, por quase 17 mil km de fronteiras”, acrescentou.
Fonte: Agência Câmara de Notícias