Santa Catarina inicia 2022 com a abertura de 23,4 mil novas vagas formais de emprego. Em janeiro, o estado teve o segundo melhor desempenho do país, atrás apenas de São Paulo. De acordo com análise do Observatório FIESC, a Indústria Geral catarinense foi o setor que mais contribuiu para o resultado, com a criação de 12,8 mil novos postos de trabalho. O número foi mais que o dobro do setor de Serviços (6.429), segundo setor que mais gerou empregos formais no estado. Os dados do Novo Caged foram divulgados nesta quinta-feira, 10.
“A indústria catarinense vem mantendo o ritmo de produção, contribuindo com a geração de emprego e renda no estado. Santa Catarina vive uma realidade de pleno emprego, com a maior taxa de formalidade do país, e o empresário industrial tem uma contribuição importante nesse resultado. Onde há indústria, há desenvolvimento econômico”, afirma o presidente da Federação das Indústrias (FIESC), Mario Cezar de Aguiar.
Assim como no saldo geral, a Indústria catarinense teve o segundo melhor resultado do país em janeiro, atrás apenas de São Paulo. Conforme análise do Observatório FIESC, a Indústria de transformação catarinense representou 19,7% do saldo total de empregos formais do setor no país no primeiro mês do ano.
De acordo com o economista do Observatório FIESC, Maicon Luiz Brand, o destaque ficou para os setores que produzem bens de consumo semiduráveis, como o Têxtil, Confecção, Couro e Calçados e o de Madeira e Móveis, ambos influenciados em parte pelo aumento das exportações no estado.
O segmento de Couro e calçados registrou abertura de 631 novas vagas formais, o que representou uma variação relativa de 7,6% em relação ao estoque de empregos formais.
Cabe o destaque também para a atividade de Fabricação de produtos de madeira, destinados sobretudo à Construção, que registrou 1.408 novas vagas formais e 3,0% de variação relativa.
Esse resultado também é fruto da dinâmica de recuperação da Indústria catarinense, pautada pela expansão nos investimentos em Bens de Capital e atualização da cadeia produtiva. Como consequência, houve o aumento da produção intensiva em tecnologia, favorecendo a inovação e os empregos qualificados no estado.
Forças Armadas
A Fiesc e o Sebrae-SC lançaram o Projeto Defesa. A iniciativa vai capacitar empresas de pequeno porte para fornecer às Forças Armadas e aproveitar o potencial de mercado oferecido pelas compras públicas, especialmente as militares. Detalhes do projeto foram apresentados durante reunião do Comitê da Indústria de Defesa da FIESC (COMDEFESA), realizada no último dia 10 com a participação de representantes das Forças Armadas.
“Essa parceria mostra que estamos abraçados a uma causa única. É muito importante essa aproximação entre as Forças Armadas e as empresas. As Forças compram de pequenas e grandes empresas e adquirem produtos de alta tecnologia, canhão, navios, mas também alimentos e roupas, por exemplo. Sabemos dos desafios do pequeno empresário, mas fiquem de olho no fornecimento às Forças porque tem oportunidade para todos”, disse o presidente do Comitê, Cesar Augusto Olsen. Ele informou que das 119 empresas estratégicas de defesa existentes no país, 14 são catarinenses. Para uma empresa ingressar no grupo das estratégicas de defesa precisa cumprir alguns requisitos exigidos pelas Forças.
A gestora do Sebrae/SC Hub, Soraya Tonelli, disse que utilizar o poder de compra governamental como fator primordial para o desenvolvimento local é uma alternativa segura e inteligente. “Nosso grande desafio é criar um ambiente de aproximação entre os pequenos negócios e o comprador público e atuar na sensibilização e capacitação do empresário de pequeno porte. E essa parceria vem ao encontro disso”, afirmou.
O consultor do Sebrae-SC, Everton Avi, apresentou as principais etapas previstas no projeto: adesão das empresas interessadas, curadoria e seleção, realização de seminários regionais, diagnóstico, consultoria e assessoramento em compras governamentais e a participação na ExpoDefense, feira que será realizada nos dias 19 e 20 de maio, em Florianópolis, e reunirá compradores e fornecedores da área de defesa. “O grande objetivo é incluir cada vez mais fornecedores locais nas compras públicas”, disse.
A executiva do COMDEFESA, Luciane Camilotti, informou que de janeiro a setembro de 2021 as empresas catarinenses venderam R$ 175 milhões ao Ministério da Defesa. Desse total, a indústria respondeu por 19%; o segmento de serviços por 72% do valor e a agricultura por 9%. Entre os setores industriais que forneceram estão o têxtil, confecções, couro e calçados; produtos químicos e plásticos; alimentos e bebidas; metalmecânico e metalurgia; e fármacos e equipamentos de saúde.
O general da reserva, Adhemar da Costa Machado, coordenador do escritório Sisdia de Inovação do Exército na região sul, lembrou que o primeiro passo para fornecer às Forças é fazer o cadastramento no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (SICAF). “Há um desconhecimento em relação a essa etapa que é fundamental”, salientou.
A ExpoDefense é uma feira de tecnologias e produtos de defesa. O evento é uma iniciativa da FIESC e da Base Aérea de Florianópolis, com o apoio do Ministério da Defesa, da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Tem como foco reunir empresas e profissionais ligados ao setor, com o objetivo de mostrar o que há de mais moderno em produtos e tecnologias, promovendo a integração das Forças Armadas com a indústria, centros de tecnologia e academia.
Os interessados na capacitação do Projeto Defesa podem entrar em contato pelo e-mail luciane-camilotti@fiesc.com.br ou pelo telefone: (48) 98840-0142.
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