Em mais uma ação de combate à Covid-19, a Finep – Inovação e Pesquisa, empresa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), investiu R$ 300 mil, em recursos não reembolsáveis do Fundo nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), no desenvolvimento de uma máscara (EPI) antimicrobiana e reutilizável, de cobre, para uso em geral. A finalidade é conferir maior proteção sanitária da população, menor carga viral em ambientes e menor impacto ambiental.
O apoio da Finep permitiu a confecção, pela empresa de Caxias do Sul (RS) Plasmar Indústria Metalúrgica Ltda, de três tipos diferentes de máscaras antimicrobianas. A tecnologia empregada no tecido permite filtrar até 95% das partículas transportadas pelo ar (tipo N-95) como também inativar o SARS-CoV-2 para diminuição de carga viral e risco de contágio. Os modelos possuem tripla camada, combinando tecidos hidrofóbicos, do tipo TNTs, e hidrofílicos (algodão), e seguem todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para otimização da eficiência de máscaras em tecido.
Antes de serem comercializadas, as máscaras passaram por análise no Instituo de Pesquisas Tecnológicas, em São Paulo, que também atestou o atendimento à norma ABNT NBR PR 1002:2020 (itens 3.4.2.1). A avaliação considerou aspectos de eficiência de filtração que define condições de uso, respirabilidade e filtragem de partículas de máscaras de uso em geral. No período de desenvolvimento foram feitas, ainda, outras análises de laboratório para verificação das ações bactericidas e virucidas do tecido.
Com o apoio da Finep, as primeiras unidades das máscaras antivirais com cobre foram lançadas no mercado em uma parceria com a empresa Fineza Indústria Criativa, que comercializa produtos via e-commerce. Uma parte da produção foi doada e a outra destinada à comercialização pioneira do produto em sites de venda, como MercadoLivre, Lojas Americanas e Magazine Luiza.
A execução do projeto, que durou cerca de oito meses, incluiu a compra de matérias-primas nacionais e importadas e o processamento dos materiais para adição da função antimicrobiana nos produtos têxteis. Instituições de pesquisa e desenvolvimento brasileiras executaram serviços tecnológicos para diversos ensaios.
A tecnologia obtida pela Plasmar gerou pedido de patente e conferiu à empesa expertise no desenvolvimento de aditivos e na fabricação de TNT (tecido não tecido) antimicrobianos. Esses produtos podem atender outros mercados, como os de plásticos, tratamento de superfícies para hospitais e de produtos têxteis, como meias antifúngicas. As máscaras antivirais da Plasmar são as primeiras à base de cobre comercializadas no País. O mercado atual dispõe de grande quantidade de produtos semelhantes à base de prata, que gera maior impacto ambiental.
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