A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou, na última sexta-feira (5), o transporte aéreo de 16 pacientes infectados pela COVID-19 que estavam internados, na rede pública e privada de saúde, no estado de Rondônia. Uma aeronave C-99, operada pelo Primeiro Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (1º/2º GT) – Esquadrão Condor, foi adaptada para receber e transportar os pacientes para a cidade do Rio de Janeiro (RJ). A decolagem ocorreu da Base Aérea de Porto Velho com destino a Base Aérea do Galeão, por voltas das 13h30, horário de Brasília.
A ação integra a Operação COVID-19, deflagrada pelo Ministério da Defesa que, nesta etapa, visa realizar o transporte de pacientes infectados pelo novo Coronavírus até localidades com leitos disponíveis. Para o aeronavegante da Unidade Aérea, Sargento Rafael Mathias Coelho dos Santos, é gratificante contribuir para o País nesse momento de pandemia. “Tenho a honra em ajudar a nação, dando apoio às Secretarias de Saúde. Anteriormente, estávamos participando da Operação COVID-19 na Base Aérea de Manaus, onde transportamos mais de 500 pacientes da capital manauara e da cidade de Boa Vista para outros destinos. Posso dizer, por mim e por todos os meus companheiros, que é uma emoção participar dessa missão e ajudar a salvar vidas”, comentou.
Operação COVID-19
Por meio do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), a FAB cumpre as missões que têm como objetivo minimizar os impactos do novo Coronavírus no sistema de saúde. O Transporte Aéreo Logístico da FAB integra as ações da Operação COVID-19, acionada pelo Ministério da Defesa, em uma cooperação com o Ministério da Saúde.
O Comando da Aeronáutica está dedicando permanentemente o esforço do seu efetivo e de suas aeronaves, 24 horas por dia e sete dias por semana, em atendimento às necessidades da sociedade brasileira no enfrentamento à pandemia da COVID-19.
Vacinas
Militares do Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (1º/8º GAV), Esquadrão Falcão, sediado na Ala 10, em Parnamirim (RN), operando uma aeronave H-36 Caracal, realizaram o transporte de vacinas para a população indígena em aldeias Yanomami. Nesta etapa, as ações ocorreram de 03 a 13 de fevereiro. As missões foram realizadas como parte da Operação COVID-19, deflagrada pelo Ministério da Defesa, em apoio às ações do Governo Federal para o combate à pandemia causada pelo novo Coronavírus e suas consequências.
Engajadas na Operação COVID-19, equipagens (helicópteros e tripulações) do Esquadrão Falcão foram deslocadas para Surucucu (RR) desde o dia 1º de fevereiro, quando os militares passaram a transportar profissionais de saúde, vacinas e insumos médicos para atender aos povos indígenas que habitam a região montanhosa da floresta Amazônica, entre o norte do Amazonas e de Roraima e o sul da Venezuela.
No dia 03 de fevereiro, o helicóptero de matrícula FAB 8513 realizou duas surtidas, decolando de Surucucu (RR) com destino às Aldeias Araciki e Hewetheou, respectivamente, transportando seis profissionais de saúde e 560 quilos de carga, entre insumos médicos e vacinas contra a COVID-19. No dia 05, foi realizada a retirada das equipes de saúde, que permaneceram dois dias nas aldeias Yanomami. Em seguida, mais voos foram acionados nos dias 8, 9 e 10, contemplando as aldeias de Araciki 1 e 2, Turemau, Hewetheou, Wathou e Xiothou, distribuindo um total de 387 doses de vacinas, número correspondente ao total de habitantes das aldeias.
Regiões de difícil acesso
O objetivo dessas missões é viabilizar a assistência de saúde a esses povos que ocupam regiões de difícil acesso, locais em que apenas aeronaves de asas rotativas conseguem pousar. “As aldeias ficam em locais extremamente distantes e isolados. Muitas delas com áreas restritas para aproximação e pouso até mesmo de helicópteros. A região de serras exige que as tripulações façam um planejamento extenso para configurar a aeronave corretamente e colocá-la na potência adequada para a altitude da região. Diversos são os cuidados, tais como manter distância adequada das malocas, atenção à temperatura e altitude das serras e a volatilidade das condições meteorológicas”, explica o Capitão Aviador Leir Gomes de Oliveira.
Segundo o Capitão Leir, operando nessa região, percebe-se que o emprego de aeronaves de asas rotativas é a única opção para a chegada da vacina a essas comunidades indígenas. “A Força Aérea está fazendo a sua missão, ao integrar as comunidades indígenas, levando tratamento contra a COVID-19 a esses povos que habitam os rincões mais distantes do nosso País”, completa.
Realizar missões humanitárias e de integração nacional, como as da Operação COVID-19, é parte do propósito do Esquadrão Falcão, permitindo que suas tripulações coloquem em prática todas as habilidades e competências que treinam exaustivamente. “Além de contribuir para o controle da pandemia, esse tipo de missão permite aos pilotos e demais tripulantes exercitar todo o treinamento realizado pela Unidade Aérea. Os pousos em localidades remotas exigem planejamento, estudo, julgamento e capacidade de decisão de todos os integrantes da tripulação”, completou o Comandante do 1º/8º GAV, Tenente-Coronel Aviador Wankley Lima de Oliveira.
Confira todas as novidades das empresas da BIDS
Fique informado sobre as ações das nossas Forças Armadas e de segurança