O projeto “CoronaYeast: um modelo de diagnóstico barato e sensível para o SARS-CoV-2 baseado em levedura”, apoiado pela Finep/MCTI e FAPESP, e desenvolvido pelo Laboratório de Genômica e Bioenergia (LGE) da Unicamp, em parceria com a empresa-filha da Universidade BIOinFOOD, foi o primeiro colocado na categoria “Detecção e Diagnóstico” do Prêmio de Inovação do Grupo Fleury. O sistema, rápido e de baixo custo, baseia-se em leveduras da espécie S. cerevisiae que mudam de cor se houver a ligação do receptor humano ACE2 (hACE2) – expresso na membrana da levedura – com a glicoproteína viral Spike (presente na superfície externa do vírus).
O concurso reconhece projetos inovadores na área da saúde e, nesta edição, premiou ideias para a superação da pandemia do novo coronavírus, tanto no combate e prevenção da COVID-19, como na necessidade de adaptação do cotidiano.
O primeiro colocado na categoria “Tratamento e Prevenção” foi o projeto “Recobrimento antiviral para a funcionalização de superfícies de equipamentos de proteção individual”, do Laboratório de Engenharia e Química de Produtos (LEQUIP). A Força-Tarefa Unicamp contra a COVID-19 ficou em segundo lugar na categoria “Adaptação à Pandemia”.
O projeto desenvolvido pelo LEQUIP da Unicamp consiste na criação do SprayCov, um líquido em spray capaz de eliminar o coronavírus de superfícies como os equipamentos de proteção individual (EPIs) utilizados por profissionais de saúde e também as máscaras de algodão. A ideia é que ele sirva como uma proteção extra ao bloqueio físico do vírus, formando uma barreira ativa que destrói o SARS-CoV-2, o que amplia a segurança e a durabilidade dos EPIs. Nos testes realizados pelo laboratório, o produto manteve a eficácia por três dias, impedindo a replicação do vírus.
Mais sobre o CoronaYeast
O projeto segue em andamento, mas a patente para a tecnologia já foi solicitada. A expectativa é que no primeiro semestre deste ano os estudos apontem a eficácia da técnica desenvolvida. Saiba mais sobre o projeto.