Em dezembro de 2020, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Astronauta Marcos Pontes, e o administrador da Agência Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos da América (NASA), Jim Bridenstine, firmaram Declaração de Intenções Conjunta inserindo o Brasil no rol de nações que já manifestaram interesse em participar do Programa Artemis. Trata-se de importante marco para a tecnologia e o conhecimento científico e espacial brasileiro, marcando o regresso do Brasil às missões internacionais de exploração do espaço exterior.
O Programa Artemis consiste na missão espacial da NASA que, com a parceria internacional, levará a primeira mulher e o próximo homem à Lua, e intenciona manter a presença humana em solo lunar de forma sustentável, bem como em nos preparar para o próximo salto gigante, a exploração de Marte. Até o momento, a iniciativa envolvia a participação dos EUA, Austrália, Canadá, Itália, Japão, Luxemburgo, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Ucrânia.
Desde outubro de 2019, a Agência Espacial Brasileira (AEB) realiza reuniões com a NASA com o objetivo de identificar formas de contribuir em missões espaciais, considerando a participação da indústria espacial, da academia e dos institutos de pesquisa brasileiros. Como parte dessa aproximação, a AEB passou a integrar, desde setembro de 2020, o Grupo de Coordenação Internacional sobre Exploração Espacial, o ISECG (International Space Exploration Coordination Group), que reúne 26 agências espaciais do mundo inteiro. Nestes encontros, especialistas da AEB têm conversado com representantes das demais agências envolvidas em missões de exploração espacial, incluindo as relacionadas com a Lua.
A Agência Espacial Brasileira, em conjunto com o MCTI, pretende iniciar, a partir de 2021, projetos associados à exploração da Lua, que servirão para inspiração e promoção da participação brasileira no desenvolvimento de uma espaçonave (ou sonda) lunar internacional e de um rover lunar, este completamente produzido por empresas e instituições nacionais. As iniciativas integrarão missões internacionais, como o Programa Artemis, e servirão para o aprimoramento das competências brasileiras no setor espacial, além do desenvolvimento de um programa de educação espacial voltado a diversos níveis escolares no Brasil.
Integrar o Programa Artemis será uma nova oportunidade para que indústria, academia e institutos de pesquisa brasileiros possam contribuir com seus conhecimentos em prol da exploração conjunta do espaço exterior. As informações são da Agência Espacial Brasileira.