A Avibras assinou nesta segunda-feira, dia 23/11, em Brasília, um Memorando de Entendimentos com a Força Aérea Brasileira (FAB) formalizando a intenção da empresa em desenvolver uma família de mísseis de cruzeiro de longo alcance. Este projeto conta com a participação da FAB, principalmente no compartilhamento de expertises. O objetivo é colaborar com o desenvolvimento de um produto confiável, eficiente e de tecnologia avançada em atendimento às necessidades operacionais da Força Aérea.
O presidente da Avibras João Brasil foi recebido pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez. Também estiveram presentes na ocasião o Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno; o Vice-Chefe do EMAER, Major-Brigadeiro do Ar Sérgio Roberto de Almeida; o Chefe da Sexta Subchefia do EMAER, Major-Brigadeiro do Ar Jefson Borges; e o Chefe do Gabinete do Comandante da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic.
O presidente da Avibras João Brasil destacou a parceria de longa data com a Força Aérea. “É a consagração de um trabalho conjunto que começou em 2004. Agora vamos, de fato, trabalhar em um projeto que vai fazer a diferença para o País e isto nos enche de orgulho”, declarou.
De acordo com o Tenente-Brigadeiro Bermudez, a contribuição inicial da FAB no projeto será na área de desenvolvimento conceitual. “É um momento marcante para a Força Aérea, uma vez que este documento sintetiza tudo que foi pensado e discutido e, agora, estamos dando os primeiros passos para colocar em prática”, destacou.
Projeto
O MICLA-BR, assim denominado no Plano Estratégico Militar da Aeronáutica (PEMAER), é um projeto nacional de desenvolvimento de um míssil de cruzeiro de longo de alcance, com propulsão baseada em motor a reação, para lançamento a partir de plataformas aéreas.
Com os conhecimentos a serem adquiridos durante o desenvolvimento do MICLA, será possível projetar uma família de mísseis semelhantes, utilizando tecnologia de ponta, para aplicação em variados cenários de conflito armado pelas Forças Armadas brasileiras.
Os benefícios gerados com esta iniciativa vão além do incremento na capacidade de defesa da nação, pois contribuirá para o fomento da Base Industrial de Defesa, gerando empregos, evolução tecnológica e divisas por meio da possibilidade de exportação de produtos tecnológicos de alto valor agregado.