A Marinha do Brasil, por meio da Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM) e do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), recebeu em 21 de outubro, no Centro Experimental ARAMAR (CEA), em Iperó (SP), a visita do Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, por ocasião do início da montagem do reator da planta nuclear embarcada, com o propósito de atualizá-lo com relação a aspectos relevantes do desenvolvimento e aplicação da tecnologia nuclear, com ênfase no Programa Nuclear da Marinha (PNM).
Para o evento em destaque, o Presidente se fez acompanhar pelo Ministro da Defesa, General de Exército Fernando Azevedo e Silva, pelo Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, General de Exército Augusto Heleno Ribeiro Pereira, pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Astronauta Marcos Pontes, e pelo Secretário de Assuntos Estratégicos, Almirante de Esquadra Flávio Augusto Viana Rocha. As autoridades foram recepcionadas pelo Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Ilques Barbosa Junior, acompanhado pelo Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, e pelo Diretor do CTMSP, Vice-Almirante Noriaki Wada.
O Comandante da Marinha abriu a programação da visita realizando para o Presidente e Comitiva uma abrangente apresentação sobre a conjuntura político-estratégica brasileira, a gênese do Programa com o Almirante Álvaro Alberto, as conquistas tecnológicas, o domínio do ciclo do combustível, o arrasto científico em benefício da sociedade, a situação corrente do PNM e os desafios futuros, visando à obtenção por construção do primeiro submarino convencional com propulsão nuclear (SN-BR).
A visita prosseguiu com o Presidente e sua comitiva para o Laboratório de Enriquecimento Isotópico (LEI), onde conheceu a tecnologia autóctone de ultracentrífugas utilizadas para o enriquecimento do urânio. As Autoridades visitaram também o Laboratório de Geração de Energia Núcleo-Elétrica (LABGENE), protótipo em terra, em escala natural, que contém o sistema de propulsão naval nuclear. O LABGENE permitirá testar e otimizar sistemas e equipamentos, inclusive de proteção radiológica e segurança nuclear, antes da instalação e montagem definitiva a bordo do SN-BR “Almirante Álvaro Alberto”. O Presidente e comitiva também visitaram a sela fixa, que servirá de “quilha” para a montagem do reator da planta nuclear embarcada (PNE).
O Programa Nuclear da Marinha é um dos principais programas estratégicos de Defesa. Em associação com o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), possibilitará ao Brasil a capacidade de projetar, construir, operar e manter quer submarinos convencionais com propulsão nuclear, quer submarinos diesel-elétricos, competências restritas atualmente a apenas cinco países: Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China.
As informações são da Marinha do Brasil