Os Ministérios da Defesa e da Saúde realizam a terceira e última etapa da Missão Maranhão, para reforçar o combate à Covid-19 em comunidades indígenas do estado do Maranhão, região Nordeste do País. A missão conta com uma equipe de saúde multidisciplinar das Forças Armadas, que assistirá à população indígena, em sua maior parte da etnia Guajajara, que vive ao leste da cidade de Imperatriz (MA).
Nessa última fase da Missão Maranhão, um total de 26 profissionais de saúde atuarão junto a mais de 12 mil indígenas, no período de 29 de setembro a 6 de outubro. Como nas missões anteriores, médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem da Marinha, Exército e Aeronáutica, oriundos de várias partes do País, reforçarão o atendimento de saúde nos Polos Bases da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI).
A inovação fica por conta da participação de veterinários do Exército, que realizarão um levantamento das condições higiênico-sanitárias das aldeias, atuando na prevenção e controle de zoonoses (como a raiva, leishmaniose “calazar”, verminoses, entre outras doenças transmissíveis) dos animais de estimação dos locais. Também, farão vacinação e vermifugação de animais.
De acordo com a veterinária do Exército, coronel Beatriz Helena, do MD, na primeira fase da Missão Maranhão foram identificados muitos animais doentes nas aldeias visitadas. Por isso, o MD acrescentou a especialidade de saúde para ampliar a atuação nas comunidades indígenas. Ainda, segundo a coronel, o alvo da medicina veterinária é a saúde humana, sendo assim, ao ser prestado atendimento clínico aos animais que convivem com os indígenas, a saúde será promovida em sua totalidade. Além disso, o médico veterinário atua com propriedade no controle e na erradicação das zoonoses, que são doenças comuns aos animais e ao homem.
“Estudos recentes criaram o conceito de saúde única: a saúde humana só vai existir quando houver, concomitantemente, a saúde animal e a saúde ambiental. Assim, ao integrar o médico veterinário à equipe de saúde assistencial, o Ministério da Defesa ampliou sua capacidade de atuação em prol da saúde indígena, pois há uma importante ligação entre o que ocorre com animais e o que ocorre com humanos, uma vez que 50% das doenças emergentes e reemergentes são zoonoses e 70% delas têm origem nos animais”, afirma.
As informações são do Ministério da Defesa