A indústria brasileira pediu ao governo federal que amplie a previsão orçamentária para o Programa de Financiamento às Exportações (PROEX) Equalização em 2021 dos atuais R$ 1 bilhão para R$ 1,6 bilhão. Outro pedido é para que haja suplementação de pelo menos R$ 400 milhões para o programa ainda neste ano, dos atuais R$ 600 milhões para R$ 1 bilhão.
A indústria quer que o Executivo amplie a previsão para 2021 antes de enviar o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) ao Congresso Nacional. O pedido foi realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Fórum de Competitividade das Exportações (FCE), a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) tanto por escrito quanto por meio de reuniões com representantes do governo.
O PROEX Equalização é um programa do governo federal de apoio às exportações brasileiras de bens e serviços criado em 1979. Na modalidade Equalização, ele assume parte dos encargos financeiros do financiamento de exportações brasileiras, tornando-os equivalentes àqueles praticados no mercado internacional.
As entidades destacam que o programa é essencial por promover igualdade e isonomia entre as exportações do Brasil de alto valor agregado e as dos demais países. O custo de financiamento das exportações brasileiras é significativamente mais alto que o de exportações de países concorrentes da zona do euro, de Japão, Estados Unidos, Reino Unido ou Coreia do Sul, por exemplo.
Países como a própria Coreia do Sul, Espanha, Alemanha e Índia também fazem equalização de encargos financeiros das operações de crédito às exportações.