O Centro de Análises de Sistemas Navais (CASNAV) assinou, em 25 de junho, contrato com a Fundação para a realização de serviços técnicos especializados em apoio à Fase de Planejamento da Avaliação Operacional do Submarino Classe “Riachuelo” (PAOS), envolvendo o Sistema de Combate (SC).
A contratação da Fundação foi realizada em razão do know how adquirido na Transferência de Tecnologia e de Conhecimento (ToT e ToK – Transfer of Tecnology e Transfer of Knowledge) dos pacotes de engenharia do Sistema de Combate do Submarino Classe “Riachuelo”, proporcionado pela Naval Group desde 2011.
A Avaliação Operacional (AO) é uma das etapas do processo de obtenção de meios, que ocorre após a aceitação contratual do primeiro exemplar da classe. Contempla cinco etapas:
- Fase 1 – Definição do Problema;
- Fase 2 – Planejamento;
- Fase 3 – Execução;
- Fase 4 – Apresentação dos Resultados; e
- Fase 5 – Projeto de Exercícios Operativos.
No presente momento, o projeto encontra-se na Fase 2 (atual contratada), que é composta por uma série de passos e atividades de natureza eminentemente técnica para traduzir as capacidades operacionais requeridas em Medidas de Eficácia Operacionais (MEO). Nesta Fase é definido o plano de avaliação multidisciplinar que envolve a análise das tarefas, ameaças e cenários; estudos de descrição dos sistemas embarcados no Submarino da Classe “Riachuelo”; estruturação do plano de avaliação; bem como a descrição dos procedimentos dos experimentos (Testes Exploratórios) e os planos de análise a serem contemplados na Fase 3.
Estes testes deverão ser conduzidos em condições de operação do sistema da forma mais real possível, visando à coleta de dados de interesse para a avaliação do desempenho do submarino. Também serão identificados aspectos da Avaliação Operacional do S-BR que poderão fornecer subsídios para o projeto do Submarino com Propulsão Nuclear (SN-BR), especialmente no que diz respeito à verificação dos recursos de gravação e de extração de dados existentes do S-BR e sua pertinência para o refinamento do projeto do SN-BR.
Já a Fase 3 compreende a condução dos experimentos, idealizados na Fase de Planejamento, com o sistema operando em condições o mais próximo possível da realidade, além da realização das simulações previstas.
O propósito da Fase 4 é analisar os dados obtidos durante a realização dos experimentos na Fase 3 e fazer chegar às mãos das organizações dos Setores Operativo e de Material todos os resultados alcançados no processo da Avaliação Operacional.
A Fase 5 do S-BR consiste na elaboração de uma Coletânea de Projetos de Exercícios Operativos que serão utilizados para acompanhar, continuamente, o desempenho operacional do submarino ao longo da etapa de operação do ciclo de vida.
“A Fundação Ezute se sente honrada em contribuir para a construção da Fase de Planejamento da Avaliação Operacional, possibilitando a aplicação e a multiplicação dos conhecimentos adquiridos no sistema de combate do Submarino Classe “Riachuelo” na MB e na própria Fundação”, comenta Delfim Miyamaru, diretor presidente da Fundação Ezute.